quinta-feira, 21 de maio de 2009

Cidade de Santos, SP, dispõe de postos de arrecadação de óleo de cozinha usado

Cidade dispõe de postos de arrecadação de óleo de cozinha usado

Por: Depto. Imprensa - Prefeitura Municipal de Santos





O óleo de cozinha jogado diretamente na pia prejudica seriamente o meio ambiente. Em Santos, são realizadasvárias iniciativas para combater este despejo incorreto. Existem postos de coleta em diversas unidades da prefeitura, o que tem ajudado pessoas que, muitas vezes, têm dificuldades para descartar o produto.

O reaproveitamento do óleo vem sendo incentivado por meio de diversas ações educativas, promovidas em parceria com a sociedade civil. Só na rede municipal de ensino, 24 escolas mantêm postos de arrecadação, com recipientes de 50 litros para coletar óleo de cozinha usado. O incentivo aos alunos acontece por meio do projeto "De Olho no Óleo", uma parceria entre a Seduc (Secretaria de Educação) e a empresa Marim – Gerenciamento de Resíduos.

Como incentivo a quem traz o óleo de casa, serão distribuídas bicicletas para as escolas municipais que aderiram ao projeto e conseguiram arrecadar 500 litros. As escolas, por sua vez, sorteiam a bicicleta entre os alunos que levaram óleo em garrafas pet. O material arrecadado nas unidades municipais é encaminhado para uma fábrica na cidade de Piracicaba, onde é transformado em biodiesel e ração animal, entre outros produtos.

UM dos exemplos de sucesso, é a escola de educação especial Maria Carmelita Proost Villaça, na Ponta da Praia. Desde setembro do ano passado, a unidade já alcançou a meta de 500 litros. Ingrid Antonia Fortunato Joaquim, de 14 anos, leva para a escola cerca de seis litros de óleo em garrafas pet por mês. Além do óleo que junta dentro de casa, recolhe o material entre a vizinhança.

O aluno, Marcus Vinicius Calixto Afanili, de 15 anos, também participa da campanha. "Se o óleo fosse jogado fora pelo ralo, prejudicaria a natureza. Aqui, com o óleo, nós também fazemos sabão", explicou, ao citar a oficina de meio ambiente que é realizada na escola. O sabão produzido no local pelos alunos, sob orientação de uma professora, é utilizado para lavar as panelas na oficina de cozinha, realizada no local, vendido em bazares e distribuído aos alunos, como forma de incentivo aos pais a juntar óleo de cozinha.

OUTROS POSTOS
Postos de coleta também funcionam em espaços esportivos municipais. O Centro M. Nascimento Júnior (Rua João Fraccaroli s/n.°, Bom Retiro) arrecada ao mês até 120 litros, enquanto o Complexo Rebouças (Praça Eng. José Rebouças, Ponta da Praia), recolhe outros 230 mensais.

O óleo arrecadado nestes locais é entregue para a ONG Trevo, de São Paulo, em troca de produtos de limpeza, que servem para a manutenção desses equipamentos. Está previsto que, em breve, o Centro Esportivo da Zona Noroeste também comece a arrecadar óleo de cozinha, assim como o Posto 2, na praia. A coleta nas barracas de praia também é realizada pela ONG, que transforma esse material em sabão e ração para animais.

Quem conseguir juntar 30 litros de óleo usado, pode entrar em contato com a ONG Trevo pelos telefones (11) 3531-2116 e 6161-3867 ou pelo "site" www.trevo.org.br . Os responsáveis retiram o resíduo em toda a Baixada Santista. A empresa Marim (Av. Joaquim Montenegro, 531, telefone 3273-4438) também recolhe o produto.

Agências do Banco Real no Gonzaga (Av. Ana Costa, 185) e Ponta da Praia (Rua Alexandre Martins, 53) também contam com postos de arrecadação de óleo de cozinha, assim como o Núcleo Santos da Federação de Bandeirantes do Brasil, à Rua Jurubatuba, 157, na Ponta da Praia, que atende de segunda a sábado, das 15h às 17h.

DANOS
Cada litro de óleo despejado em pias ou vasos sanitários tem potencial para poluir um milhão de litros de água, o equivalente à quantidade que uma pessoa consome ao longo de 14 anos. Quando a gordura vai para a rede de esgoto, eleva o custo do sistema de tratamento dos resíduos. O óleo provoca ainda a impermeabilização do solo, contribuindo para as enchentes.